Perder é uma angustia existencial bem grande, principalmente se tratando de pessoas que amamos e convivemos,
quando atendo pessoas com essa queixa, essa dor… eu sempre penso no quanto é difícil ressignificar a sua história com essa falta, com esse buraco.
A morte é algo incluído na nossa vida, ela nos rodeia a cada dia, a cada passo, mas ela também pode nos dar forças para fazer desse tempo aqui de vida o melhor que conseguirmos para nós.
Quem fica quando o outro vai, passa muitas vezes por um processo de se reorganizar em seus sentimentos, em seu tempo em sua rotina e em sua história.
Passa a colocar novamente um sentindo para a sua existência.
E com tudo, as vezes sinto que o desejo é de passar logo, é de se livrar disso que sente, é morrer junto, esquecemos que assim como a pessoa teve a sua vida, temos a nossa e essa dor é proporcional ao amor construído e vivido a cada momento juntos.
Por isso precisamos sempre entrar em contato com o que continua sendo importante hoje?
Incluir esse diferente, essa nova experiência de viver sem essa pessoa em sua vida, perceber sua força e suas potencialidades e reconhecer a necessidade dessa adaptação.
Isso tudo também é uma construção diária, no seu ritmo e estando consciente das dificuldades aparentes nesse processo.
Continue!